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A façanha de Eduardo Leite no combate à Covid-19

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

Ao falar do presente do Rio Grande do Sul, o cenário não é nada alentador. O que, é bom que se diga, não é de hoje. Mas o presente também reserva a possibilidade de seguirmos um caminho de recomeço. Basta ver que, nos últimos cinco anos, o Piratini convive com uma crise fiscal e financeira de gravidade sem precedente.  

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O maior exemplo disso é o parcelamento de salários dos funcionários do Executivo gaúcho que constrange e afronta a dignidade dos servidores. Não bastasse isso, tivemos a chegada repentina e mortal da pandemia da Covid-19 - um mal invisível que assola o mundo sem distinção - e que traz efeitos à economia local, estadual e federal.  

ESTRATÉGIA
Ao saber que o Estado não conta com recursos em quantia suficiente nem com servidores em número satisfatório, o governador Eduardo Leite (PSDB) se antecipou ao problema da pandemia. Ao considerarmos a população do Rio Grande do Sul, pouco mais de 10 milhões de pessoas, o Estado tem, até o momento, cem mortes. 

Claro que não se queria um óbito sequer. A efeito de comparação, a Grécia, que tem praticamente a mesma população do Rio Grande do Sul, tem 151 mortes, conforme monitoramento da universidade americana Johns Hopkins, que acompanha o número de casos em todo o planeta. 

UNIÃO
O Rio Grande do Sul conseguiu minimizar o caos do sistema de saúde (privado e público), ao passo que prepara para dar condições de uma retomada - ainda que longe do habitual e do ideal - da economia. Até porque a população precisa esquecer a máxima equivocada "que tudo voltará ao normal" ao fim da Covid-19. 

Ao não termos uma condução unificada, a partir do governo central, os governadores foram traçando estratégias próprias e, claro, ao observar a realidade e idiossincrasias de cada Estado para evitar o pior: a pilhagem de corpos - o que, infelizmente, vem ocorrendo no Amazonas.

MÉRITO
O mérito do governador, por meio do chamado distanciamento controlado, é buscar saídas e caminhos para essa difícil e dolorosa travessia por meio de evidências científicas. O modelo aqui adotado, e que começou a vigorar ontem, tem a real chance de fazer do Rio Grande do Sul um modelo a ser seguido pelo próprio governo federal e pelos demais estados. Somam-se a isso a iniciativa e o protagonismo de Leite que, em momento algum, entrou em embates desnecessários e no caminho irracional de partidarizar e politizar o tema. 

Como vem falando, reiteradas vezes à imprensa e em redes sociais, o pedido do governador deve ser seguido por todos nós. O caminho, contudo, observa disciplina e engajamento da população - o que, em meio à pandemia, virou sinônimo de responsabilidade. Assim, quem sabe, ao olharmos o calendário possamos vislumbrar um semestre de encaminhamento para sairmos do olho do furacão. Até porque o ano, que para muitos parece estar perdido, pode ainda piorar se não seguirmos os protocolos preconizados pelo governo do Estado.

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